terça-feira, 12 de março de 2013
- A gente e essa vida de João-bobo.
Têm dias, que as noites são realmente complicadas. Às vezes, a vontade que dá, é de ficar calado. Sem gritar, bradar ou até mesmo sussurrar. Vontade de ficar quieto, sem dizer uma só palavra. Conversando por dentro.
Às vezes, os botões da camisa ou os travesseiros da cama são as melhores companhias. Algumas lágrimas chegam a rolar, mas ninguém vive apenas de dias felizes, céus repletos de sol e noites de sonhos tranquilos.
Acredito que tudo na vida tem um momento, uma razão e um porque. Confesso não entender nenhum deles, mas, faz parte da nossa missão desconhecida, aceitar o inaceitável e evoluir com o que não nos matar.
É como gritar, de doer à garganta, sem se quer abrir a boca. Olhos ressaqueados sem vestígios de álcool. Frio em pleno calor. Monstros no estômago devorando as tais borboletas. Saudades até do sono.
Viver é uma prova de resistência diária. São vinte e quatro horas, em trezentos e sessenta e cinco dias de árduas aventuras. Isso, quando não te presenteiam com mais um ano bissexto, onde tudo ganha mais oitenta e seis mil e quatrocentos segundos pra acontecer.
Isso que denominam vida e parece tão fácil para alguns, é uma das mais lindas histórias de terror pela qual vivo me apaixonando. Feliz nos picos, extremamente sombria nos abismos. Enjoante e tediosa nos planos.
Acredito que a solução para quase todos os problemas seja dormir. Dormir, pode não parecer alento, mas cura feridas. Apesar de acordar, às vezes, ser completamente inevitável. A gente e essa vida de João-bobo.
(Matheus Rocha)
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