sábado, 22 de dezembro de 2012

- É cedo, ou tarde demais...

Tenho muita coisa pra falar. Mas, até agora preferi me manter em silêncio.
Por quê? Bem, eu não sei. Só sei que, de certo modo, isso não tem me feito bem.
É chegada a hora. Estou desistindo.
Desistir. Soa pesado, né?! Ainda mais quando se percebe que não há alternativa.
Mas, tenho que admitir que ao mesmo tempo soa engraçado, pelo fato de estar desistindo de algo que nem existia mais (talvez, em minha cabeça, eu queria acreditar que ainda existia), desistindo de alguém que já havia desistido.
Só que havia alguns motivos que ainda me levavam a não ter desistido antes.
Eu tinha medo de ver o que estava bem diante de meus olhos, me recusava a enxergar, a aceitar. 
Por que é difícil, sabe? Tudo mudou de uma hora pra outra... Vi meus/nossos sonhos morrerem sem nada poder fazer, a não ser deixá-los ir... E, provavelmente, a parte mais difícil, ver quem eu amava partir.
Isso dói... e como dói. Não há palavras às quais possam descrever ou resumir o quanto.
E não pense que não entendo os “motivos” ou a situação, porque eu entendo.
Só que entender é diferente de aceitar.
Na verdade, ainda tenho problemas com esse “deixar ir”, porque ainda me vejo tão ligada a você... ainda me preocupo o tempo todo contigo. E é engraçado, porque é recíproco, não é?! (E acho que esse é mais um motivo pelo qual é difícil saber e conseguir diferenciar certas coisas.)
Hora ou outra me vejo preocupada com coisas absurdas, que nem me dizem respeito (pelo menos não diretamente), coisas do tipo: e quando surgir outro alguém em sua vida? Será que esse alguém vai cuidar direito de você? Vai se permitir conhecê-lo de verdade? Vai saber lidar com suas manias? Seus “mimimis”? Vai estar sempre ao seu lado, independente de qualquer situação? Vai abrir mão de coisas por você? Vai te entender? [...] *sigh*
É ridículo isso, eu sei. Mas, por vezes, é inconsciente.
Não nego que o começo foi difícil, era realmente complicado lidar com tudo isso.
Mas, aí entrou em cena aquele velho conhecido, o que cura “tudo”: o tal de tempo. 
E ele consegue, não me pergunte como, levar certas coisas embora. Toda tristeza, toda mágoa, toda incompreensão e até o que parece impossível, amenizar o sentimento (que pela sua força transparecia não ser capaz diminuir).
Sei que contribui de inúmeras formas para que esse processo fosse retardado. De um jeito ou de outro, eu não permitia que tudo isso passasse. Porque eu acreditava que... bem... talvez houvesse outra chance. Então, eu ficava ali, alimentando tudo isso.
E, de repente, me peguei pensando do que adiantaria eu ficar assim? Esperando e acreditando em algo que acabou? Fechar-me para o mundo ao meu redor para ficar sendo, de certa forma, segunda opção? Será que valia mesmo apena me submeter a isso?
Claro que a resposta não é difícil. Difícil é coloca-la em prática.
Mas, é chegada a hora de levá-la a sério de uma vez por todas. Sem mais meias desculpas. Sem mais tentar me convencer do contrário. Sem enxergar o que não está ali. Chega. É hora de encarar tudo isso de frente. Decidi que tenho uma missão. Na verdade, algumas. E, elas só dependem exclusivamente de mim (e talvez essa seja a parte mais difícil). 
Tenho que ser forte. Sei que consigo. E vou.
É como diz àquela frase que se aplica perfeitamente: “Difícil não é lutar por aquilo que se quer, e sim, desistir daquilo que mais se ama. Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim, por não ter mais condições de sofrer.”.
Eu espero que você não se arrependa... de suas escolhas, da gente, do que fomos e de tudo o que vivemos. Sabes a importância e a consideração que tenho por você. Isso nunca foi segredo para ninguém.
E saibas que se estou “dizendo” tudo isso, não é com o intuito de te ferir, magoar, ou algo do tipo.
É por mim. Única e exclusivamente por mim. Para eu poder, enfim, seguir em frente.
Sei que fui covarde e não tive coragem suficiente para dizer isso olhando pra você, mas sabes que não sou muito boa com isso.

Espero que essa seja a última vez em que falo de você aqui.
Afinal, como diz a música: “Quem vai comprar esse CD sobre uma pessoa só”, não é?

- Publicar um texto é um jeito educado de dizer: 
“- Me empresta seu peito, porque a dor não tá cabendo só no meu”.

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