sexta-feira, 14 de setembro de 2012

"Em amor, não há último adeus, senão aquele que se não diz."

E então, se foi.
Quando percebi, já não tinha mais a sensação de estar ali, ao seu lado.
Se foi como a onda se afasta da areia. Se foi como a folha seca, levada pelo vento frio, vai embora pela estrada.
E foi rápido demais. Eu não pude dizer adeus... Eu não pude pedir que ficasse.
Se foi como a abelha que leva o pólen das flores.
E eu não disse adeus.
Quando dei por mim, já caminhava sozinha... Não caí, não chorei, não te disse adeus.
Se foi como as palavras se desfazem quando se joga uma linda carta ao fogo.
O tempo passou, as pessoas se foram, o inverno chegou outra vez.
Cada um foi para o lado que achava ser o mais feliz. Hoje restam apenas fotos com sorrisos que dão saudade. Mas que não dizem adeus.
É como sentar sozinha e ver o pôr do sol morrer a cada minuto. É escrever uma poesia e jamais lê-la... Deixar ela lá no fundo da gaveta, com o adeus guardado.
Sinceramente eu sinto tanta saudade do que já se foi, que não consigo pensar no agora. Não consigo pensar que tudo não passou de um momento ruim e tudo será como antes...
No fundo, no fundo, acabei entendendo que nós não diríamos adeus, e sempre sentimos que isso ia doer demais com palavras...
Apenas soltamos as mãos...
E Hoje? Hoje seguimos nossos próprios caminhos...
Com a estranha sensação de que tudo mudou, e que aquele sentimento se foi...
E não volta mais...

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